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[FANFIC – Capítulo 16] Projeto V

Angels, mais um dia de Projeto V! Aqui está o capítulo 16! Espero que gostem.

AVISO 1: Esse capítulo tem cenas um pouco fortes e muito sangue.

AVISO 2: Este foi o último capítulo que a autora postou, não sei quando ela postará o 17, então não me irritem pedindo Projeto V, avisarei quando o capítulo 17 estiver no ar.

Autora: Kio
Nome da Fanfic: Projeto V (Project V)
Classificação: +16
Categorias: Teen Top; Niel; C.A.P; ChangJo; Ricky; L.Joe; ChunJi;
Gêneros: Ação, aventura, mistério, comédia, romance, drama.
Avisos: Violência, linguagem imprópria (leve)
Comentários da autora: Esta é a minha primeira vez escrevendo uma fanfic, então eu espero que esteja tudo bem!^^;; Por favor sinta-se livre para me mandar comentários :)

Projeto V – Capítulo 16 – Tão longe…

Niel bateu suavemente na porta de Minsoo com a mão livre, a outra segurava um envelope branco volumoso, pensou que tinha sido enviado por Onew. Demorou quase um minuto para que a porta abrisse alguns centímetros.

“O que é isso?” – Minsoo perguntou baixinho, com o rosto escuro. Niel estudou-o por um segundo antes de levantar o envelope.

“Isso estava na caixa de cartas esta manhã. Pensei que você gostaria de verificar o que é.” – Ele respondeu. Minsoo tentou pegar, mas Niel escondeu atrás de si. – “Eu não vou dar até que me diga o que está errado. Esteve preso dentro de casa desde ontem à noite. Porquê?” – Minsoo soltou um suspiro.

“Você não entenderia. Levaria muito tempo para explicar, de qualquer maneira. Onde está Changjo? Eu preciso falar com ele.” – Niel relutantemente entregou o envelope antes de responder.

“Em nosso quarto. Vou chamá-lo, se você quiser…” – Niel respondeu, olhando Minsoo desconfiado. Ele apenas balançou a cabeça antes de fechar a porta. – “Bem, alguém incorporou todos os arco-íris e sol de hoje!” – Murmurou antes de ir em outra direção. – “CHANGJO! MINSOO QUER TER UMA CONVERSA DE HOMEM-PARA-HOMEM-SUPER-SECRETA COM VOCÊ, NO QUARTO DELE.” – Chunji, que estava encostado no balcão da cozinha, saltou quando Niel entrou no local gritando.

“Onde está o seu botão de mudo?” – Perguntou, cutucando Niel no ombro. Changjo saiu do corredor, esfregando os olhos, cansado.

“Eu ouvi o meu nome e uma conversa secreta de homem-para-homem. O que está acontecendo?” – Murmurou. Chunji foi em sua direção e tirou algo esvoaçante que estava no topo da cabeça dele.

“O eremita quer falar com você. Ele está em sua caverna.” – Niel respondeu, sentando-se no sofá ao lado de Byunghun e fixando sua atenção na TV. Changjo andou com  os olhos turvos para a porta e bateu.

“Entre.” – Minsoo disse e Changjo o fez. Minsoo estava sentado no chão, de frente para a parede esquerda, suas costas contra a cama.

“Você está bem?” – Changjo perguntou, se arrastando e sentado ao lado do garoto mais velho. O rosto de Minsoo estava drenado e cansado, e mal conseguiu um pequeno sorriso.

“Sim, eu vou ficar bem. É que… Eu não disse a você tudo sobre minha irmã e do por quê eu me alimento dessa forma. Agora que Onew trouxe o fato de que temos poderes… Bem, acho que eu deveria dizer-lhe o meu.”

“Tudo bem, vá em frente, então” – Disse suavemente, observando Minsoo atentamente.

“Acho que sempre soube o que era é o meu poder. No início, pensei que todos os Sistemas tinham isso, mas quando eu mostrava para outros, estes me olhavam como se fosse louco e mudavam de assunto. Quando bebo o sangue de alguém, tenho acesso a suas mentes, memórias, pensamentos, emoções… Tudo que eu possa ler, ver, sentir e até mesmo alterar seus pensamentos. Acho que o que realmente me levou a beber o sangue de tantas pessoas, foi buscar em suas memórias a minha irmã. Ela foi — é — uma menina bonita, sempre foi popular e tem uma tonelada de amigos. Amava ir a lugares como clubes, shoppings, mercados de rua, lojas, tudo e todo o lugar. Ela quase nunca fica em casa, está sempre fora em algum lugar fazendo alguma coisa.” – Disse ele, com um sorriso triste que desapareceu rapidamente de seu rosto – “Mesmo se alguém só tivesse passado por ela, visse seu rosto apenas uma vez, eu provavelmente poderia encontrá-la em suas memórias. Isso é o que eu faço quando bebo o sangue das pessoas. Procuro seu rosto. Se eu pudesse vê-la, apenas uma vez, acho que poderia finalmente viver com isso tudo. Mas nunca consigo encontrá-la. Toda vez que eu bebo o sangue de alguém… Fico mais e mais convencido de que a matei.” – Ele parou por um momento, fechando os olhos. – “Também substituo as memórias que as vítimas têm de eu mordendo-as com outras coisas. Coisas horríveis. Às vezes eu mal consigo aguentar a pensar naquilo, apenas as coloco em suas mentes, faço isso porque refletem o demônio que eu realmente sou. Não mereço viver nas memórias das pessoas como nada menos do que um monstro doente.” – Changjo sentiu o estômago revirar enquanto pensava na garota que havia atacado ontem. Atacado e quase matado, mas não completamente. Ele provavelmente teria, se sua mãe não tivesse voltado para casa. Quase não conseguiu sair da casa. Se houvesse um demônio ali, certamente não era Minsoo. Ele bebia o sangue das pessoas por uma causa nobre: ​​encontrar sua irmã. Changjo se alimentava para suprir seus desejos e obsessões.

“Minsoo…” – Começou, mas não sabia o que dizer. Não haviam palavras que pudesse dizer para confortar uma mente torturada. Minsoo sabia disso, e balançou a cabeça.

“Está tudo bem, você não tem que dizer nada. Só ouvir é suficiente. Nunca contei isso para ninguém, e sou um Sistema a quase três anos. É bom apenas para tirar isso da mente, sabe?” – Changjo sorriu e acenou com a cabeça.

“Sim, eu entendo.” – Ele pensou em dizer a Minsoo sobre o seu vício em sangue, mas rapidamente descartou a ideia. Isso era um fardo que teria de suportar em silêncio. – “Eu só quero saber qual é o meu poder.” – Minsoo deu de ombros enquanto se virava e pegava o envelope da sua cama. Abriu-o e tirou uma grande pilha de papéis dobrados. Alisou cada um e os colocou em uma pilha.

“Parece que Onew me deu algum trabalho de casa sério a fazer. Obrigado por me ouvir, Changjo. Mas eu provavelmente devo começar tudo isso e me concentro melhor quando estou sozinho.” – Minsoo disse, e com um aceno de cabeça Changjo levantou-se e saiu do quarto. Pensou que estava na hora de ir em uma caminhada.

xxx

Foi um dia sem sucesso. Tudo aconteceu ocasionalmente, e quando aconteceu, colocou Changjo em um humor terrível. Tinha visto muitas meninas cujo sangue ele queria beber, mas havia muitas pessoas ao redor. Tudo o que tinha conseguido fora ficar louco de fome. Ele enfiou as mãos nos bolsos de seu casaco, tentando protegê-las do frio cortante, virou a esquina e foi para casa. Sua cabeça zumbia e seus sentidos estavam sobrecarregados, mas ignorou o melhor que podia. Ele manteve a cabeça baixa pelo resto da caminhada, o capuz de sua jaqueta servia como um escudo dos cheiros ao seu redor. Quando o apartamento estava finalmente à vista, ele pegou o ritmo e correu. Changjo entrou e ficou perto da porta por um momento, tirando os restos de neve de seus sapatos e respirando em suas mãos frias, quando a porta se abriu e bateu nele.

“Oh, desculpe!” – Guinchou uma pequena menina quando entrou no edifício, inclinando-se um pouco e corando para o chão. Ela correu para o elevador e apertou o botão. Changjo foi preenchido com dois sentimentos muito fortes, muito conflituosos. O primeiro era a luxúria. O sangue dela cheirava tão doce e depois de sua “caminhada” mal sucedida ele estava com mais fome do que o habitual. O segundo era a culpa. Esta menina não poderia ter mais de 13 ou 14 anos, seu cachecol e luvas arco-íris a faziam parecer ainda mais jovem e mais inocente. Mas como de costume, ele não se conteve. Ele nunca conseguiria.

Caminhou até o elevador aberto e seguiu para dentro. Ela apertou o botão para o sétimo andar com um pequeno dedo, antes de voltar seu olhar para o chão, cruzando as mãos e balançando infantilmente para frente e para trás em seus calcanhares. Changjo estava atrás dela e gemeu interiormente, sua mente gritando não, mas seu corpo gritando sim. O elevador sacudiu no começo. Deixou subir vários andares, olhos fixos nos números piscando acima da porta, antes de saltar para a frente e apertar o botão “parada”. Ele agarrou-a pela cintura e a virou, batendo seu pequeno corpo contra a parede adjacente. Seus braços estavam presos a seus lados, ela se contorcia, impotente.

“O que está acontecendo? O que você está fazendo?” – Ela gritou quando Changjo rasgou o cachecol arco-íris de seu pescoço e deixou-o cair inutilmente no chão. Se inclinou sobre ela, respirando em seu pescoço, tendo uma prévia de seu cheiro divinamente adocicado. Seu coração batia com antecipação e vergonha. A imagem de uma menina em um vestido rosa com um braço torcido passou diante de seus olhos. Fechou-os e respirou fundo, acalmando-se. Ela tentou lutar, lutava violentamente. Assim que começou a gritar, ele fechou a mão quente e úmida contra sua boca.

“Quanto mais você lutar, mais eu vou gostar” – Ele sussurrou, assustando-a e deixando-a em silêncio. Passou a língua sobre seu pescoço e afundou suas presas sem piedade em sua pele, virando sua cabeça para liberar mais sangue. Ele bebeu vorazmente, o salgado líquido vermelho corria em sua boca e em cascata pelo seu queixo. Changjo nunca se sentiu assim antes. Perdeu completamente a si mesmo, se esqueceu de que estava bebendo uma vida, tirando algo de um ser humano. Continuou sugando o sangue dela, tirando a mão de sua boca e apertando ambos os ombros de forma violentamente forte. Ele nem percebeu quando ela perdeu a consciência. Perdido em seu fervor, caiu de lado contra a fileira de botões sujos e deslizou para baixo da parede. Ainda não era suficiente. Ele a empurrou de volta para o chão e montou-a, ofegante. Estava em tal torpor que nem percebeu que o elevador começou a se mover novamente.

xxx

“Niel, o que há de errado?” – Chunji perguntou, levantando uma sobrancelha para ele. Apenas alguns segundos atrás, estava sentado no sofá assistindo TV, mas do nada Niel se levantou, duro como uma tábua. Byunghun olhou para cima e de repente fez o mesmo.

“Você sentiu o cheiro?” – Niel perguntou, virando e olhando para o Sistema. Byunghun assentiu.

“Sangue. Muito sangue. E outra coisa…” – Pensou, farejando o ar. A porta do quarto de Minsoo esmagou contra a parede quando ele a abriu.

“Sangue e morte. “- Ele disse, sua voz apertada com o pânico. – “Onde está Changjo e Ricky?”

“Eu estou aqui, mas não vou sair! Posso sentir o cheiro do sangue. Que diabos está acontecendo?” – Ricky gritou de seu quarto.

“Merda!” – Minsoo gritou, correndo em direção a porta da frente. Ele quase a arrancou quando a abriu, deixando-a bater contra a parede também. Niel e Byunghun seguiram-no. – “Está vindo do poço do elevador!” – Juntos, correram pelo corredor e pararam na frente das portas lisas, o cheiro de sangue flutuava claramente para fora. O elevador parou suavemente, anunciando sua chegada. O estômago de Niel se contorceu em um nó e Byunghun sentiu um brilho de suor frio sair na parte de trás do seu pescoço. Nada poderia ter preparado algum deles para a cena que os aguardavam.

Havia sangue por toda parte. Duas paredes totalmente manchadas e corria por todo o chão, congelando no tapete escuro, formando poças vermelhas. Tudo isso resultava de duas massas amontoadas no chão. Changjo nem parecia perceber que a porta do elevador estava aberta. Seu corpo inteiro estava dobrado sobre o quadro amassado e sangrento de uma menina. Não havia uma única parte de seu corpo que foi deixado sem mácula. Era óbvio que ela havia sido morta há algum tempo, mas Changjo ainda estava engolindo pequenos pedaços de sangue que permaneceram dentro dela. Niel estava em choque enquanto Minsoo adiantou-se e agarrou o ombro de Changjo.

“O que diabos está acontecendo?” – Ele gritou, tentando puxar o menino mais novo para longe. Changjo estava fora de seu controle e rosnou para Minsoo, mostrando suas presas sangrentas e tirando a mão do amigo. Byunghun tinha visto o suficiente. Ele bateu em Changjo, empurrou-o até uma das paredes do elevador, puxou seus pés e colocou-o à parede, pegou seu antebraço e trancou por baixo do queixo de Changjo.

“O que diabos você pensa que está fazendo?” – Rosnou, empurrando o braço ainda mais forte na traqueia de Changjo. Qualquer luta que Changjo havia planejado morreu com a respiração em sua garganta, apesar de seus dedos ainda terem cravado nos bíceps de Byunghun como garras.

“Oh, Deus. Oh Deus, oh Deus, oh Deus” – Niel gemeu, andando para lá e para cá, com os olhos fechados, tentando engolir a bile que subia em sua garganta. O corpo da menina era uma bagunça mutilada. Ela mal tinha qualquer rastro de pescoço. Minsoo amaldiçoou baixo, colocando as mãos atrás da cabeça. – “O que vamos fazer?”

“Levem Changjo de volta para o apartamento. Prendam-o no banheiro e peguem Ricky para limpá-lo. Então, peguem as algemas da gaveta de cima da minha cômoda e prendam-no a minha cabeceira. Não deixem seus olhos dele por um segundo.” – Minsoo ordenou, sua voz plana e firme. Ele enfiou a mão no bolso de trás e tirou seu telefone celular – “Terei de chamar o projeto. Eles vão lidar com a bagunça. Enquanto isso, vou descer e trancar as portas externas. Ninguém entra ou sai do prédio.”

“O que é que o projeto vai fazer sobre isso?” – Niel perguntou, mantendo os olhos no teto quando passou por cima do corpo da menina, para ajudar Byunghun com Changjo.

“Eles possuem este edifício, lembra? Provavelmente trarão um par de Sistemas B ou C e levarão os seres humanos restantes que vivem aqui à sede. Este é o propósito deles de qualquer maneira. Só olham como os números estarão. Eles vão dispor do corpo e inventarão algo diferente a ver com a confusão.” – Explicou, saindo do lugar onde levaram um Changjo calmo, mas ainda atordoado, para fora do elevador – “Mas o pior é que não vão mesmo se chatearem com isso.” – Com um sinal final para os outros, ele seguiu o corredor e desceu as escadas.

“O que diabos deu em você?” – Byunghun perguntou sem entender, balançando a cabeça. Changjo não respondeu. Seus olhos estavam vidrados, continuava a olhar para a frente, o sangue corria em riachos nos cantos da boca para baixo, no pescoço e peito. Não aparecia uma única parte dele que não fora manchada com o doce sangue da menina. Lambeu os lábios e distraidamente chupou seus dedos sangrentos, enquanto os dois arrastava-o para dentro do apartamento.

“O que aconteceu na Terra?” – Chunji perguntou, levantando-se e caminhando para ajudar.

“Não chegue perto dele.” – Byunghun disse e Chunji parou. – “Ele está louco.”

“Não estou.” – Changjo murmurou fracamente. Byunghun travou seus dedos ao redor do pescoço dele e bateu-o na parede, arrancando-o das garras de Niel.

“O que diabos está errado com você? Você acabou de matar alguém, Changjo. Você matou uma menina. E ainda tem a coragem de ser sarcástico sobre isso?” – Ele gritou. Changjo balançou a cabeça.

“Ela não está morta. Ela está desmaiada.” -Resmungou, os olhos lacrimejando.

“Não está morta? Ela nem sequer está com um pescoço, porra! Como ela não está morta?” – Niel gritou para ChangJo.

“Isso não é verdade!” – Changjo gritou de volta, puxando a mão livre de Byunghun e caindo no chão. Embalou sua cabeça em seus braços e gritou. A memória do que tinha acabado de acontecer passou pela sua mente uma centena de vezes por segundo, a realidade do que tinha feito finalmente afundou dentro de seu crânio. Ricky saiu de seu quarto e se agachou ao lado dele, envolvendo os pequenos braços em torno de Changjo. Ficaram assim por vários minutos, enquanto Changjo continuava a gritar e tremer. Niel balançou a cabeça e virou-se.

“Certifique-se de que ele esteja limpo” -Suspirou, fazendo seu caminho para o quarto de Minsoo, para encontrar as algemas que prenderiam o monstro em que Changjo tinha se tornado.

Continua…

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Sobre Melissa D.

Melissa Dotta. 21 anos. Leonina. Osasquence. Futura Engenheira de Controle e Automação. Amante de jogos, livros, dança, música e tecnologia.

6 comentários em “[FANFIC – Capítulo 16] Projeto V

  1. Meu Deus ;-;
    Que horrível :/ acho que ele devia ter contado pra alguém, pedir ajuda ç-ç e o Niel e o Byunghun deviam ter mais compreensão, porque o Changjo é um sistema novo. T_T
    Ele tava completamente fora do controle, :c vlh, meus olhos encheram de lagrimas no final, quando cai a ficha do que ele fez Y.Y

  2. bixinho do ChangJo… malvadinho e burrinho… Espero que supere essa.

  3. tadinho do Changjo, mas tudo bem que ele é novo e gosta de fazer essas coisas, mas que dó.. Eu quero muito saber como acaba T-T

  4. Nossa! Eu to amando essa fanfic, tadinho do changjo, ele é novo mais não consegue de controlar, mas eu estou amando e quero ver como vai terminar… :3

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